Quando Edu viu Mariana entrando na sala de aula automaticamente ficou tenso. A garota fingiu não perceber e foi falar com ele enquanto o professor da próxima aula não chegava.


-Oi Edu! Como foram as tuas férias? Senti sua falta! Ah! E as namoradas? Muitas?-Eu mato a vadia que estiver com ele. -Sabe... Eu estive pensando, quer ir lá em casa hoje? Assim você pode pegar as matérias que perdeu enquanto faltava... E por falar nisso, por onde você andou? Eu pen...

-Desculpa, hoje não vai dar, além disso, eu já ia pegar a matéria com o Guilherme. Quem sabe na próxima!

-T-t-tá bom!-Eu levei um fora! Agorinha, na frente de todo mundo, ai meu Deus! Quero morrer!

Depois de dois períodos cansativos de física, a nossa protagonista já estava cansada de pensar na conversa que tivera com Edu. Não conseguia acreditar que logo ele, seu melhor amigo e sua atual paixão estivesse afastando ela. Isso era insuportável. Assim, devagar quase parando, chegou o intervalo, onde ela pode respirar ares diferentes e pôr a mente no lugar.

Mariana nem comprou seu lanche no bar da escola, foi direto para seu lugar preferido da escola onde havia um balanço e muitas flores e nos dias de sol -como aquele- era lindamente iluminado, mas que poucos alunos conheciam ou se davam ao trabalho de ir até o lugar. Ela sentou no balanço enferrujado e ficou com uma vontade imensa de gritar e chorar.

"Ele nunca recusou um convite para ir à minha casa. Nunca! Sempre elogiou como eu anoto as matérias tão organizadamente e, mesmo assim, não quis pegar meus cadernos. Não entendo isso tudo, o que eu fiz pra amar alguém tão confuso? Será que é sempre assim?"

O sinal bateu, indicando que todos deveriam voltar para suas respectivas salas de aula. Mariana foi, mas a contra gosto.

Os últimos dois períodos de aulas foram barulhentos, nenhum aluno queria saber de estudar. Uns conversavam, outros cantavam, mas nenhum, a não ser Mariana estava quieto, nem mesmo Edu. Foi nesse clima que a aula acabou e ela pegou sua mochila e desceu as escadas o mais rápido que pode, queria chegar em casa e falar com aquele garoto que a entendia como ninguém(às vezes melhor que ela própria). Logo que se pôs a caminhar na avenida que levava para a sua casa sentiu alguém segurar seu braço. Mariana já estava começando a soltar alguns palavrões quando se dá conta de que aquela mão era familiar. Ela olha para o dono daquela mão, tudo passa em câmera lenta, Edu estava chorando.

Assim fora selado o destino dos fatos que ocorreram com Mariana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário